terça-feira, 19 de agosto de 2014

; perambulam ventos pelo olhar que se fixa


;perambulam ventos pelo olhar que se fixa.

simples distâncias por perto             
ziguezagueiam passos indistintos teus
desfazendo horas em zero
só porque as entranhas do corpo
zumbem como medusas estranhas. luzes irreais

será amar sem sabermos
arrumar as manhãs que se prolongaram. esboços

I

abandonos clamando tréguas

II

aqui defronte de mim
tenho árvores e pássaros
raízes perseguindo acordares
ou ilusões ou meridianos
que dividimos. Sabíamos

(III)

sós
das noites álgidas. sem vidraças ou portas

[saberei algures arrumar as manhãs e as noites?]. sobrevivas




(; reintroduzindo-me em F.Duarte libertando-o)

terça-feira, 5 de agosto de 2014

; sobrevivas as manhãs debatem-se os contornos dos dias


; sobrevivas as manhãs debatem-se os contornos dos dias
sobressaltados

ficam vazios os acordares [porque não] velados
enquanto aves distraídas pousam
sem espaços deslumbradas

serei insistente a adolescer ocupando
todo o zênite que se curva já aqui. mas

tudo me é estranho

I

cogito
sem as translucidas vozes em volta. passos talvez

II

intermitente o sentido inverso dirás

muros tombam como folhas
cansadas pelo vento norte
a cada gesto meu. repetido





(; reintroduzindo-me em F.Duarte libertando-o)