terça-feira, 8 de julho de 2014

; se o céu ruísse num repente



; se o céu ruísse num repente
pelos rufos de trovões perdidos algures
clareava-se a escuridão. revejo-te daqui
pai

afectos sempre frágeis voando
incessantemente sobre mim
apenas sobre

I

oxalá a memória termine sempre
sirva de fermento. para nós
que sempre queremos mais longe
mantendo-nos um pretexto vida

II

nesse sonho vão
que terra é esta que antecede eternidade
desconhecida
vã como o sopro do vento. desalinhado

III

destecendo-me




(; reintroduzindo-me em F.Duarte. libertando-o)


Sem comentários:

Enviar um comentário