terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Há quem se despeça deste Mundo que não é seu


Há quem se despeça deste Mundo que não é seu
Caniço afastando-se do deserto Soprado pelo
Vento quente Nem todos conhecem os quatro cantos
Cardeais
Apenas precipícios Silêncios

Se me velares partirei em nova viagem
Talvez pela Noite não sei Sem o perfume dos lírios
Ou do sabor das amoras pelos lugares que me habitam
Desnudam
Sem piedades sem sombras de artifício maior
Confesso-me despojado de paixão pelas maresias
Brotando nas minhas costas caladas impessoais

Rasga-me a memória Mar sem gritos perdidos
Fossas profundas escuras inventando Horas
Desabrigadas espalhadas por lado nenhum

Apenas me adormeço persistindo nos Vazios

Ocos.


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