,é
pela madrugada que as palavras se vestem,
assim
que adormecem os jasmins prateados,
e
tudo recomeça,
renovações
dir-me-ias.
,o
mar não tem as curvas como a estrada que começa,
possivelmente
nem o amar,
nunca
me disseste,
nem
que a rota dos
olhares trocados,
anunciava
partidas tantas vezes proteladas pela ansiedade
das
memórias desmemoriadas,
e,
se
um dia me perdesse pelos labirintos do apogeu distante,
incertezas,
os
ventos me guiariam pelas margens,
adentro
promontórios vazios, avistando os teus luzeiros ainda acessos,
,incandescentes,
aguardando-me.
,
hoje ser-me-ia apenas o sorriso teu, algures,
por
não querer viver intensamente esta vida
feita
fado jamais se espraiando pelos areais distantes,
onde
um dia apenas segui passos sem retorno.
,e
disfarço-me sempre,
pelas
tempestades apressadas sem silêncios, ribombando
nos espaços vazios,
nos espaços vazios,
tempo
infestado dos nevoeiros meus.
Afinal,
sempre o soube,
[ficou
a face clara da lua pelo zênite].
,os
aljôfares esvoaçam repetidamente para longe.
[repetindo-te]
Nota:
Aljôfares-
1
– Pérolas miúdas
2
– Orvalho, lágrimas (linguagem poética)
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