terça-feira, 8 de janeiro de 2013

,abana os ventos

Nenad Saljic, “The Matterhorn”, National Geografic

,revela-me a noite

(I)

como se a perfeição existisse,
sem adjetivo, sem palavra,

e envolve-me nesse manto feito teu corpo.

,sempre soube das pedras perdidas pelo mar,
das montanhas submersas, inóspitas,
isoladas,

quais armadilhas de navegante,
,as visões.
...
(II)

,abana os ventos

,abana-os em rodopios, revira-os,

que quebrem os mastros libertando as velas gastas,

e, no final,

que o barco se arpoe mar adentro.

,revela-me o dia,

(III)
...
um dia,

a cada segundo, em cada momento,

faz-me recordar o que sempre quis
esquecer,

este esquecimento de mim.

(IIII)

,[e envolve-me nesse manto feito corpo teu],

só.





Textos de Francisco Duarte


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