terça-feira, 4 de setembro de 2012

[ … e criam-se ciclos em circulos





e criam-se ciclos em circulos como se o amanhã chegasse breve quão rápido se desvanece o ignescente dia em verão que se dispersa sem jamais se ver.

Ainda te vejo a segurar algumas ondas
invocando as manhãs por onde nos despimos de nós,

nudez no salso mar só nosso por um momento.

Penso-te.

[Sentir-te-ei sempre quão perto este mar é de mim,
sentir-te-ei pelo silêncio das noites,
sentir-te-ei pelas auroras refletidas em corais infindos].

Olvido-me esperando-te.

Regressa a sílfide das orquídeas brancas que um dia me ofereceste
e mesmo que me segregue por breves momentos,

sempre ouvirei as estrelas quais rouxinóis que anunciam o teu amanhecer...

- E o mar ?” Perguntar-me-ás.

Jamais o deixarei longe de mim, responder-te-ei.

Jamais negarei que o tentei.






E o ciclo exorcisa-se.
Os ciclos são assim, acabam-se uns, começar-se-á outro algures no tempo e no espaço com outras palavras, outras experiências, outras histórias, ou sentimentos, outra escrita, e essa é a importância da palavra, reiventa-se.






[“do ciclo, as palavras não têm prazo de validade. “ Riva la filotea. La riva? Sa cal'è c'la riva?” (Está a chegar. A chegar? O que estará a chegar?)]

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